Foi no ano de 1977 que José Maria Marques, homem sensibilizado e conhecedor da riqueza da considerada Região do Vouga, deu início a esta actividade de pesquisa, recolha, estudo e reconstituição de tudo quanto, de uma forma directa ou indirecta, esteve afecta ao povo da Região do Vouga e jamais foi interrompido.
O Grupo Folclórico da Região do Vouga é o proprietário do Museu Etnográfico da Região do Vouga. Museu que, em tempos anteriores, foi uma quinta de exploração agrícola. Desta quinta permanece até hoje uma casa senhorial dos finais do século XIX, típica do período da emigração do Brasil ao gosto Burguês. É uma construção em gaiola, com fachada coberta de azulejos coroada com uma plantibanda de colunetos.
A colecção etnográfica exposta iniciou-se com a recolha de trajes e complementos da indumentária; numa fase seguinte, recolheram-se objectos de uso doméstico e utensílios de trabalho relacionados com a agricultura, artesanato e ofícios tradicionais.
O Museu reflecte as vivências do povo da região do Vouga, com colecções de fotografias, xailes, lenços, colchas, os barqueiros do Vouga, as salinas de Aveiro, os ferreiros da Mourisca, uma cozinha e entre outras exposições que este museu oferece, são cerca de 50000 mil peças expostas.
O trabalho iniciado em 1977 continua hoje a ser desenvolvido com todo o carinho e respeito que merece. É de salientar que o Museu Etnográfico da Região do Vouga já foi suporte de vários estudos e trabalhos, inclusive de uma tese de Mestrado da Universidade Nova de Lisboa.
Os trajes do Grupo Folclórico da Região do Vouga, que representam a considerada região do Vouga, são reconstituições fundamentadas nos trajes originais (expostos no museu). A sua conservação é objecto de muita estima e cuidado. Todos os trajes são guardados na sede do grupo, devidamente organizados e limpos.
Tudo que hoje o Grupo Folclórico da Região do Vouga exibe está devidamente referenciado e fundamentado, com a vantagem de poder ser observado, visto que estes valiosos tesouros se encontram expostos no Museu.
Com o decorrer dos anos, já na década de 90, o Grupo construiu vários anexos, para diferentes serviços. Em 2001, foi construído um Auditório para a realização de festivais e outros eventos, enriquecendo cada vez mais o seu património e sempre em defesa da nossa cultura. Mais recentemente, em 2014, construiu-se um alpendre para alfaias agrícolas e outras máquinas.